top destaque 2013

PROGRAMA DE INDIO

07/09/2011

parte final



planaria final






7 de setembro – Quarta-feira – 17h

Reforma Política: pode-se mudar a representação no Brasil?

Ana Amélia Lemos – Senadora – PP-RS

André Marenco – Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS

Henrique Fontana – Deputado Federal -PT-RS

Coordenação: Sofia Cavedon - Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre- PT

 

06/09/2011

Eliana Reis – Universidade Federal do Maranhão- UFMA


6 de setembro – Terça-feira – 14h

De onde vêm os representantes do Brasil?

 Adriano Codato – Universidade Federal do Paraná – UFPR

Eliana Reis – Universidade Federal do Maranhão- UFMA

Ernesto Seidl – Universidade Federal de Sergipe- UFS

Igor Grill – Universidade Federal do Maranhão – UFMA

Coordenação: Sebastião Melo – Vereador PMDB – Porto Alegre

tarde seminário



melhores momentos audio seminário




tarde seminários


amanhã do siminário




Foto: Jonathan Heckler


Maria do Socorro Braga


As Eleitas, Os Eleitos
Participação de filiados em escolha de candidatos é pequena no país
A professora Maria do Socorro Braga, da Universidade Federal de São Carlos (UfSCar), do estado de São Paulo, apresentou hoje (6/9), em sua palestra no Seminário As Eleitas, Os Eleitos, estudo que realizou sobre a forma como os partidos políticos brasileiros fazem a seleção de seus candidatos. Baseada em dados coletados com 120 candidatos a deputado federal em 2010, a professora mostrou que partidos de direita, como o DEM, centram suas escolhas em indicações de lideranças partidárias, enquanto siglas de esquerda, como o PT, priorizam escolhas feitas por representantes delegados. "67% dos candidatos são selecionados ou por indicação de lideranças partidárias ou por delegados. A participação direta de filiados é muito pequena", aponta o estudo.

O estudo apresentado por Socorro, realizado em parceria com o doutorando em Ciência Política pela UfSCar Bruno Bolognesi, também avaliou a percepção dos próprios candidatos sobre o processo de escolha de candidaturas. Conforme o levantamento, 63% disseram que consideram o processo democrático. "Outro dado que chama a atenção é que há alto nível de informalidade nos processos de escolha dos candidatos", observou Bolognesi.

O levantamento feito por Socorro e Bolognesi traça um paralelo entre os dois maiores partidos de direita (DEM) e esquerda (PT). "O dado que mais chama a atenção, na direita (DEM), é o peso negativo na indicação de filiados, que é muito baixa na comparação com a indicação de líder, que é elevada." No caso do PT, mostra o estudo, predomina o voto dos delegados do partido, com baixo índice de escolha por líder partidário.

O trabalho realizado pelos pesquisadores da UfSCar também apontou o PT como partido cujos candidatos têm maior tempo de filiação à sigla. "Existe, de fato, estabelecimento de lealdades ao partido mais nos partidos de esquerda e de centro", afirmou Bolognesi. Para o doutorando, quanto mais partidária é a lealdade, mais institucional tende a ser o comportamento do candidato eleito, que vai valorizar mais o voto em ideias do que em opiniões pessoais."

Além dos dados apresentados no estudo, a professora Socorro Braga salientou que é preciso entender um pouco o sistema partidário do Brasil. "Há dois processos de escolha de candidatos no país, um formal, baseado nas legislações partidária e eleitoral, e outro informal, com critérios estabelecidos pelas próprias siglas. "Os partidos brasileiros são entidades privadas e têm donos. São organizações particulares que querem chegar ao poder via voto."

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)

05/09/2011



sofia cavedon-PT

s Eleitas, Os Eleitos

“Como parlamentares tornam-se parlamentares” é o tema à noite

O Seminário Internacional As Eleitas, Os Eleitos prossegue hoje (5/9) à noite, debatendo o tema Como parlamentares tornam-se parlamentares. Coordenado pelo cientista político André Marenco, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o painel começará às 19 horas e terá como palestrante o cientista político francês Frederic Sawicki, da Université Paris I (Sorbonne).

Atividade que integra o projeto do Legislativo municipal da Capital Gestão 2011: Transformando Leis em Direitos em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a programação do seminário foi desenvolvida visando apresentar experiências de instituições de referência no debate sobre papel de um parlamentar.

A lista de palestrantes do seminário também inclui a presença de John Carey – Darthmouth College (EUA), Robert Funk (Universidad de Chile) e Miguel Serna (Universidad de La Republica – Uruguai), Socorro Braga (UFSCar).

O evento também marcará o 238º aniversário da Câmara Municipal, comemorado em 6 de setembro, e conta com o apoio da Associação Brasileira de Ciência Política, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Ufrgs e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Todas as conferências terão tradução simultânea, e a entrada é franca.
Mais informações inscrições: http://oseleitos.camarapoa.rs.gov.br

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

programação das 19 horas na CMPA





Frederic Sawicki – Université Paris I – Sorbonne

Coordenação: André Marenco – Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS

TOP DESTAQUE 2011

luciana borba recebe o top destaque 2011

das mãos do maragato.







Objetivos

O evento tem como objetivos principais:

- incentivar as reflexões teóricas, filosóficas e políticas sobre a natureza do poder local e seus atores na atualidade;

- incentivar a produção e a pesquisa sobre a natureza, o funcionamento e a contribuição das câmaras municipais na formulação de políticas públicas;

- possibilitar a troca de experiências de análise sobre as relações históricas entre as instituições políticas, as câmaras municipais e os demais atores do processo político em termos de política comparada.

- oferecer aos pesquisadores e interessados em geral uma oportunidade de discutir e refletir de modo mais profundo sobre noções e conceitos frequentemente utilizados para análise das instituições políticas nacionais, estaduais e municipais, bem como seu papel no entendimento da realidade local no contexto da sociedade brasileira pós-anos 2010.


Palestrantes convidados

Ana Amélia Lemos

Natural de Lagoa Vermelha, Ana Amélia concluiu o ensino médio, mudou–se para Porto Alegre pensando em cursar a faculdade de Serviço Social, mas acabou optando pela Comunicação Social, na área de Jornalismo. Recorreu a uma bolsa de estudos e foi beneficiada pela Assembléia Legislativa do RS. Durante sua permanência na faculdade, iniciada no ano de 1967 e concluída em 1970, Ana Amélia conheceu e se tornou amiga dos jornalistas que, segundo ela, eram os cobras da época; Flávio Alcaraz Gomes, Jaime Copstein. Estes jornalistas deram a primeira oportunidade profissional a Ana Amélia. Começou a trabalhar na rádio Guaíba produzindo o programa Repórter da História.

Depois que saiu da rádio Guaíba, em 1970, no ano da sua formatura, foi convidada para trabalhar no Jornal do Comércio. Havia duas vagas, uma para ser colunista social, e uma para ser repórter de economia. Ana Amélia não teve dúvida, escolheu a área de economia.Para aumentar o orçamento, iniciou sua carreira na televisão em 1973, no Programa Câmera 10 na TV Difusora. Mantinha, também, um programa na rádio Difusora. Na mesma época trabalhou na sucursal do jornal carioca Correio da Manhã. Logo após, foi convidada para ser correspondente da revista Visão em Porto Alegre.

Em 1977, como repórter da Difusora, participou de uma entrevista coletiva com o então Ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen. Nesse dia, encontrou-se com o Governador em um almoço na Federasul, compromisso para o qual o Ministro veio ao Rio Grande. Para sua surpresa, Sinval Guazelli já estava sabendo de seu bom desempenho durante a coletiva, agendando, na hora, a entrevista que Ana Amélia vinha tentando marcar sem sucesso há várias semanas.Ana Amélia conquistou o reconhecimento e durante 33 anos foi considerada uma das jornalistas mais importantes do grupo, atuando também como diretora da RBS em Brasília, possuindo uma coluna diária no Jornal Zero Hora, e participando ao vivo dos telejornais Bom Dia RS e Bom Dia SC e na Rádio Gaúcha.Em março de 2010, deixou o jornalismo para concorrer, pela primeira vez, a um cargo eletivo. Em 3 de outubro, foi eleita senadora pelo PP/RS com 3,4 milhões de votos. Assumiu o mandato em Brasília no dia 1º de fevereiro de 2011.

Manuela D’Ávila

Manuela d’Ávila é deputada federal e jornalista formada pela PUC-RS. Iniciou sua trajetória no movimento estudantil em 1999. Dois anos depois, em 2001, ingressou na política partidária pelo Partido Comunista do Brasil (PcdoB). Foi conselheira do Conselho Universitário da UFRGS, coordenadora do Centro de Estudantes de Ciências Sociais, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (2003), presidente estadual (2005) e diretora nacional da UJS (2002). Em 2004 foi eleita a mais jovem vereadora de Porto Alegre. No ano de 2006 foi eleita a deputada federal mais votada do RS. Em 2008 foi candidata à prefeitura de Porto Alegre, sua terra natal. Em 2010 foi a deputada federal mais votada da história do Rio Grande do Sul com quase meio milhão de votos e a deputada mais vota do Brasil. Na Câmara, Manuela foi relatora da Lei dos Estágios, do Estatuto da Juventude e do Vale-Cultura, e foi vice-presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. No ano de 2009, foi indicada por jornalistas ao Prêmio Congresso em Foco e foi eleita pelos internautas como a deputada que melhor representa a população na Câmara. Integra a Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade na Internet e a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT. Eleita por unanimidade, preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. Em 2011 foi apontada pela revista Época como uma das 40 personalidades com menos de 40 anos mais influentes do Brasil. Desde julho é vice-líder do governo no Congresso. Manuela tem um mandato dedicado ao desenvolvimento do país e reconhecido no Brasil e na América Latina pela defesa dos interesses da juventude e dos trabalhadores.

Andre Machado

André Machado, 44 anos, jornalista formado pela PUC-RS. Trabalha há 15 anos na Rádio Gaúcha onde apresenta os programas Gaúcha Atualidade e Chamada Geral 2ª Edição. Atuou na cobertura de comitivas internacionais de autoridades estaduais e municipais em países como Holanda, China, Coréia do Sul, Espanha e Portugal. Tem centrado o seu trabalho na cobertura da política local, com especial atenção para as questões que envolvem a cidade de Porto Alegre. André foi encedor de dois prêmios ARI e quatro prêmios PRESS, entre outros. Durante três anos lecionou no curso de Jornalismo da Unisinos e ainda teve atuação na TVCom, onde apresentou os telejornais Manchetes do Dia e Jornal TVCom.

Constanza Moreira

Constanza Moreira é Senadora Uruguaia da Frente Ampla. Nascida em 22 de fevereiro de 1960, tem 51 anos. Políticóloga, socióloga e filósofa uruguaia, licenciou-se em sociologia paa o Desenvolvimento no Centro Latinoamericano de Economia Humana (CLAEH), entre 1979/81. Obteve o grau de LIcenciada em Filosofia pela Faculdade de Humanidades e Ciências da Universidade da República (1978-1974). Fez Mestrado em CIências Políticas no Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro entre 1985-1990 e o Doutorado na mesma instituição, entre 1993-1997. Militante da Frente Ampla, elegeu-se em 2009.

Clara Araujo (UERJ)

Formação: Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991), doutorado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999). Pos-doutorado em sociologia pela Universidade de Cambridge/Inglaterra e pelo IUPERJ (2008/2009). Vínculo Institucional: Professora adjunta 40h e Pró-Cientista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Integra a Linha de Pesquisa Desigualdades e Diferenças Sociais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais/UERJ; coordena o Núcleo de Estudos sobre Desigualdades Contemporâneas e Relações de Gênero/NUDERG. É Bolsista de Produtividade do CNPq, nivel 2. Suas áreas de interesse se relacionam com a Sociologia Política, a Sociologia da Família e a problematica transversal das Relações de Gênero. Seus temas de investigação privilegiados são: cidadania e políticas públicas, identidades coletivad e poder; conjugalidade e sexualidade e, sobretudo, Relações de Gênero. Atualmente desenvolve pesquisas em torno dos seguintes temas: Relações de gênero e Eepresentação Política; conciliação entre esferas pública e privada, familia, cojugalidade e trabalho; investimentos sociais e igualdade de gênero. É membro da Latin American Studies Association, da Sociedade Brasileira de Sociologia e Pesquisadora do CNPq.

Henrique Fontana

Henrique Fontana nasceu no dia 18 de janeiro de 1960, em Porto Alegre. Formado em Administração de Empresas e Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Henrique foi eleito vereador da capital em 1992, ano em que Tarso Genro sucedeu Olívio Dutra na Prefeitura. Em 1996 foi reeleito vereador e se tornou secretário municipal da Saúde, na gestão de Raul Pont. Candidato a deputado federal pela primeira vez em 1998, teve votação expressiva e ingressou na bancada PT na Câmara Federal. A partir daí, destacou-se no Congresso Nacional pela sua oposição ao governo de Fernando Henrique Cardoso. Com Olívio Dutra à frente do governo gaúcho, Henrique tornou-se defensor de projetos de interesse do Rio Grande em Brasília. Em 2002, foi reeleito deputado federal. Com a vitória do presidente Lula, Henrique passou a mostrar habilidade já na vice-liderança da bancada do PT e, posteriormente, na liderança do Partido, durante a crise de 2005, função que ocupou até o início de 2007. A desenvoltura do líder chamou a atenção do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), que o escolheu entre os parlamentares mais destacados do Congresso. Em 2008 e 2009, foi eleito pelos parlamentares como o segundo deputado mais destacado do Congresso Nacional. Pela sua atuação, recebeu também prêmios do site Congresso em Foco (especializado em cobertura política). Na reeleição de Lula em 2006, Henrique ampliou sua votação. Foi eleito para o terceiro mandato federal consecutivo. Em 2007 foi vice-líder do Governo Lula, e líder de 2008 a 2010, o maior tempo de permanência de um líder neste governo.

Maria Isabel Noll

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), mestrado em Ciência Política pela mesma instituição e doutorado em Ciência Política pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. Foi visiting scolar no Center for Latin American Studies na Universidade de Stanford. Professora adjunta da Ufrgs no Departamento de Ciência Política, dirige o Núcleo de Pesquisa e Documentação da Política Rio-Grandense (Nupergs) e coordena o Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Ufrgs. Tem trabalhos na área de Ciência Política, com ênfase em Estudos Eleitorais e Partidos Políticos, atuando, principalmente, nos seguintes temas: partidos políticos, democracia, eleições, poder legislativo e elites.

Frederick Sawick

Professor de Ciência Política na Universidade de Paris I-Panthéon-Sorbonne. Especialista em Sociologia das Organizações Políticas e Sociologia da Política e da Ação Local, tem pesquisas sobre cidadania, participação em partidos políticos e formas de solidariedade intermunicipal, entre outros temas de Sociologia Política. Pós-graduado no Instituto de Estudos Políticos de Paris, é mestre em Ciência Política Comparada pela mesma universidade. Com inúmeras publicações de ciência política que tratam, entre outros temas, da organização dos partidos europeus, da organização dos sistemas políticos e dos processos de sindicalização entre outros, com Jacques Lagroye publicou a obra Mobilização Eleitoral (ed. La Dispute, 2005), na qual analisa as características das campanhas eleiotrais e as estratégias dos atores políticos nas cidades francesas para mobilizar os grupos sociais numa sociologia do trabalho político inédita.

Robert Funk

Doutor e mestre em Ciência Política pela Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres. O ex-presidente da Associação de Ciência Política do Chile é um estudioso de temas referentes à democracia, democratização, ideologia e elítes políticas nacionais e internacionais. Publicou, recentemente, com Rodrigo Cordero, a obra A política como profissão: mudança e transformação social da elite política no Chile (2011).

Miguel Serna

Possui graduação em Licenciatura da Sociologia pela Universidade da República (1991), Uruguai, graduação em Sociologia para o Desenvolvimento pelo Centro Latino-americano de Economia Humana (1991) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Atualmente é professor adjunto da Universidade da República e membro do corpo editorial da Revista de Ciência Sociais (Universidade da República). Tem experiência na área de Ciência Política com ênfase em Comportamento Político. Autor de Reconversão Democrática das esquerdas no Cone Sul (Edusc, 2004)

Maria do Socorro Souza Braga

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF, 1992), mestrado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP, 1997), doutorado em Ciência Política 2003) e pós-doutorado pela USP (2006). Atualmente é professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Comportamento Político. Atuando principalmente nos seguintes temas: sistema partidário, competição política, eleições e democracia partidária. Publicou, com Maria Kinzo, Eleitores e Representação Partidária no Brasil (Humanitas, 2007) e O Processo Partidário-Eleitoral Brasileiro: Padrões de Competição Política(Humanitas, 2006)

André Luis Marenco dos Santos

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e do Bacharelado em Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Coordenador da Área Temática Instituições Políticas da Associação Brasileira de Ciência Política, possui trabalhos sobre instituições políticas comparadas, carreiras políticas e competição eleitoral. Integrou o Comitê de Avaliação Capes (2009 e 2010), coordenou o Fórum Nacional dos Programas em Ciência Política e Relações Internacionais (2004-2007) e o Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (2004-2007) e foi membro da diretoria da Associação Brasileira de Ciência Política (2004-2008). Projetos em desenvolvimento: reformas eleitorais em perspectiva comparada: path-dependency, competição partidária e engenharia institucional (CNPq), partidos e seleção de carreiras em perspectiva comparada: Argentina, Brasil, Chile e Uruguai (CNPq), Atlas Político dos Municípios (CNPq, Fapergs). Publicou, com Celi Pinto, Partidos no Cone Sul: novos ângulos de pesquisa (Fundação Konrad Adenauer, 2002)

Adriano Codato

Concluiu o mestrado em Ciência Política na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 1995 com dissertação sobre a relação entre o Estado e a política econômica nos governos ditatorial-militares no Brasil nos anos 1970. Graduou-se em Ciências Sociais na Unicamp nos anos 80, quando pesquisou a Teoria do Autoritarismo latino-americano. Concluiu em 2008 o doutorado em Ciência Política na Unicamp com uma tese sobre a dinâmica das elites políticas paulistas e sua relação com o governo central durante o Estado Novo (1937-1945).É professor de Ciência Política na Universidade Federal do Paraná desde 1992. Foi o editor-chefe da Revista de Sociologia e Política (de 1994 a 2004) e atualmente é um dos coordenadores do Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira da UFPR e membro do Centro de Estudos Políticos. Publicou 19 artigos em periódicos especializados no Brasil, na Argentina, na Venezuela e na Espanha. Concluiu, recentemente, com Renato M. Perissinotto, o projeto de pesquisa A nova elite do poder: um diagnóstico da elite política e administrativa no Paraná hoje (2003-2006). Em 2005, finalizou o projeto Quem governa? Mapeando as elites políticas e econômicas no Paraná contemporâneo (1995-2002).

Igor Gastal Grill

Possui Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996), Bacharelado em Ciências Sociais 1995) e mestrado em Ciência Política pela mesma instituição (1999), doutorado em Ciências Sociais pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (2002) e doutorado em Ciência Política pela Ufrgs (2003). Atualmente é professor adjunto III da Universidade Federal do Maranhão. Está vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFMA e é editor da Revista Pós Ciências Sociais. Trabalha em pesquisas que examinam os processos, condicionantes e lógicas de seleção de elites. Atualmente desenvolve a pesquisa intitulada Dinâmicas da Política Local: candidatos e eleições municipais no Maranhão. É autor, com J.G. Lima e E. R.O Aragão, do livro Eleições Municipais no Maranhão: bases sociais das candidaturas, especialização política e redes de relações. (EDUFMA, 2010)

Ernesto Seidl

Possui graduação em Ciências Sociais e mestrado e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio de Doutoramento pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris. É professor adjunto da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e membro do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFS. Coordena o Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP) e integra o Grupo de Pesquisa em Ciências Sociais da América Latina (Cisoal), da Ufrgs. É editor da Revista Tomo. Atua na área de Sociologia Política, com ênfase em estudos de Elites e de Grupos Dirigentes e Militância. Publicou, com Odaci Luiz Coradini, Estudo de grupos dirigentes no Rio Grande do Sul: algumas contribuições recentes (Edufrgs, 2008)

Eliana Tavares dos Reis

Possui bacharelado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), mestrado em Ciência Política pela mesma instituição (2001), Estágio Doutoral em Ciências Sociais – École des Hautes Études en Sciences Sociales (2002) e Estágio Doutoral em Sociologia Política – Paris I – Panthéon de la Sorbonne (2006). É doutora em Ciência Política pela Ufrgs. Atualmente atua como professora e pesquisadora do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Federal do Maranhão. Tem experiência na área de Ciências Sociais, com ênfase em Ciência Política e Sociologia Política. Trabalha em investigações sobre elites culturais, engajamentos e íntervenção política. Publicou, com I. G. Grill e J. Barros Filho, a obra Elites, Profissionais e Lideranças Políticas: pesquisas recentes (Edufma, 2008).

Jonh Carey

Professor e pesquisador do campo da política comparada. Ph.D. em Ciência Política pela Universidade da Califórnia em San Diego, em 1994. Professor da Universidade Católica do Chile, da Universidade de Rochester, da Washington University em St. Louis, de Harvard e da Dartmouth, além de ter atuado na Fundación Juan de Março, em Madri. Especialista no estudo dos textos constitucionais, legislativos, eleições e política latino-americana. Já publicou os seguintes livros: Presidentes e Assembleias: desenho constitucional e Dinâmica Eleitoral (1992), Limites de mandato e representação legislativa (1996), Autoridade do Decreto Executivo (1998), Limites de mandato nos Legislativos Estaduais (2000) e Votação Legislativa e Responsabilização (2009).

.Fabiano dos Santos

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 1986), mestrado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1990) e doutorado em Ciência Política (Ciência Política e Sociologia) pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (1994). Atualmente é membro de corpo editorial da Plenarium, do corpo editorial da El Debate Político e do corpo editorial do Mosaico: Revista de Ciências Sociais, presidente do Associação Brasileira de Ciência Política e professor/pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Ciência Política com ênfase em Comportamento Político. Atuando principalmente em Teoria Política. Autor de O Poder Legislativo no Presidencialismo de Coalizão (Editora UFMG, 2003) e O Poder Legislativo nos Estados (Editora UFMG).


Programação

Câmara Municipal de Porto Alegre

Plenário Otávio Rocha

Av. Loureiro da Silva, 255 – Porto Alegre

Programação

5 de setembro – Segunda-feira – 9h

Por que mulheres (não) são eleitas?

Clara Araújo – Universidade Estadual do Rio de Janeiro-UERJ

Manuela D’Ávila – Deputada Federal -PCdoB-RS

Coordenação: Sofia Cavedon - Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre-PT

5 de setembro – Segunda-feira – 14h

O que faz um vereador no Brasil?

Maria Celeste - Vereadora (PT-Porto Alegre)

Maria Izabel Noll –Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS

Coordenação: Fernanda Melchionna – Vereadora-PSOL-Porto Alegre

5 de setembro – Segunda-feira – 19h

Como parlamentares tornam-se parlamentares

Frederic Sawicki – Université Paris I – Sorbonne

Coordenação: André Marenco – Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS

6 de setembro – Terça-feira – 9h

Partidos e carreiras políticas na América Latina

Miguel Serna – Universidad deLa Republica– Uruguai

Robert Funk – Universidad de Chile

Socorro Braga – Universidade Federal de São Carlos- UFSCar

Coordenação: Adeli Sell – Vereador -PT-Porto Alegre

6 de setembro – Terça-feira – 14h

De onde vêm os representantes do Brasil?

Adriano Codato – Universidade Federal do Paraná – UFPR

Eliana Reis – Universidade Federal do Maranhão- UFMA

Ernesto Seidl – Universidade Federal de Sergipe- UFS

Igor Grill – Universidade Federal do Maranhão – UFMA

Coordenação: Sebastião Melo – Vereador PMDB – Porto Alegre

6 de setembro – Terça-feira -19h

Como os eleitores controlam os eleitos

John Carey – Darthmouth College -EUA

Coordenação : André Machado – Jornalista – Porto Alegre

7 de setembro – Quarta-feira – 17h

Reforma Política: pode-se mudar a representação no Brasil?

Ana Amélia Lemos – Senadora – PP-RS

André Marenco – Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS

Henrique Fontana – Deputado Federal -PT-RS

Coordenação: Sofia Cavedon - Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre- PT


As Eleitas, os Eleitos
Professora explica vantagens de homens sobre mulheres em eleições

Durante o seminário internacional As Eleitas, os Eleitos, na manhã desta segunda-feira (5/09), a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutora em sociologia, Clara Araújo, explicou e apresentou alguns dados que justificam as vantagens que os homens ainda possuem em relação às mulheres no sistema político brasileiro. De acordo com Clara, as explicações se baseiam majoritariamente no caráter multidimensional das condições sociais, culturais, econômicas, institucionais e históricas da formação da sociedade brasileira.

“As mulheres em geral se elegem menos que os homens e, no Brasil, isto está muito evidente. O gênero recorta os aspectos que envolvem a representação política e pública”, disse, reafirmando que durante décadas as mulheres sofreram a negação de seus direitos políticos. “Só a partir de 1994 é que o Brasil foi garantir, por exemplo, as cotas para que as mulheres pudessem ser representadas nos seus partidos. Hoje, cerca de 30% das candidaturas partidárias devem ser destinadas às mulheres”, explicou.

Conforme argumentou Clara, existem estudos que comprovam que investimentos em ações afirmativas e igualitárias de gênero ajudam as mulheres a ocuparem mais espaços na esfera pública e na política.

Legislativo

No Brasil, cerca de 70% da população votou em mulheres para presidente da República no ano passado, mas isso não se refletiu nas eleições parlamentares. Segundo a professora, nos Legislativos em geral, os homens ainda dominam o sistema. Segundo dados de 2010, na Câmara dos Deputados, as mulheres representam cerca de 19% das candidaturas. “Houve uma evolução desde 1994, quando as mulheres representavam apenas 6% das candidaturas”, afirmou.

Para Clara, no entanto, os homens eleitos representam número quase duas vezes maior que o de mulheres. A exceção à regra, conforme estudos feitos por ela, é o Senado Federal, onde as mulheres têm mais sucesso em relação ao universo de candidaturas. “Pois lá estão os perfis femininos mais consolidados dos partidos e que possuem uma taxa de competitividade muito elevada”.

Resistência familiar

Entre as razões que explicam a menor presença das mulheres nas candidaturas partidárias está a resistência familiar em aceitar a entrada da figura feminina nas eleições. “A família pode operar tanto como estímulo para ingresso das pessoas na política quanto para impedir sua presença”, explicou Clara. Segundo a professora, cerca de 38% das mulheres sofrem resistência da família, sendo que 22% desse total dizem respeito a pressões advindas dos cônjuges. “Apenas 4% dos cônjuges resistem às candidaturas dos homens”, afirmou.

Cerca de 55% das mulheres candidatas disseram que a motivação para entrar na política se resume a um projeto pessoal, enquanto que 35% dos homens defendem isso. "A maioria dos homens justifica sua candidatura pela militância partidária. As mulheres possuem uma militância nas esferas políticas muito menor do que a dos homens. Os sindicatos, por exemplo, possuem traços majoritariamente masculinos”, afirmou, ao argumentar que as condições financeiras também são desvantajosas para as mulheres. “Os financiamentos de campanha são conseguidos de maneira mais eficaz por parte dos homens.”

De acordo com Clara, há um forte favorecimento dos homens, na política, justificado principalmente pelo fator histórico. "As mulheres estão avançando e conquistando espaços públicos, mas é inegável a presença masculina forte e consolidada. Ainda é preciso avançar mais", avaliou.

Ester Scotti (reg. prof. 13387)