Da Redação
Porto Alegre
- O plenário da Assembleia Legislativa lotou para receber na manhã desta sexta-feira mais uma edição dos Grandes Debates, dentro do programa Destinos e Ações para o Rio Grande, com o tema A Política de Saúde e o enfrentamento ao Crack. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, um dos painelistas, defendeu a ampliação das ações do Estado no atendimento aos usuários de drogas. O secretário de estado da Saúde, Ciro Simoni, foi o outro painelista.
O presidente da Casa, deputado Adão Villaverde (PT), fez a abertura do evento e agradeceu o empenho do ministro da Saúde para estar presente no debate. O chefe do Legislativo afirmou que discutir esse assunto, tão fundamental na sociedade moderna, é uma recompensa pelo esforço que ele o os demais parlamentares gaúchos fizeram quando decidiram que os grandes temas e questões polêmicas voltariam a fazer parte da rotina de discussões do Parlamento. "Ao fazer esse resgate com as relações sociais que temos compromisso, cumprimos um papel muito importante junto à comunidade gaúcha", destacou.
O vice-governador do estado, Beto Grill, também reconheceu a importância de abordar um tema tão significativo, que, de acordo com ele, tem preocupado a sociedade brasileira e gaúcha de forma crescente. "A Assembleia, em conjunto com a Câmara, oportunamente elege este assunto como prioritário para o conjunto dos debates. Esse é um flagelo cada vez maior. É muito bom ver que estamos entendendo a necessidade de unir esforços nesse enfrentamento", declarou Grill.
Vanguarda gaúcha
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha disse que o Ministério da Saúde está encarando "com alto grau de gravidade o problema não só do crack, mas também de outras drogas, como o álcool, que devem ser enfrentados com campanhas de prevenção e de fiscalização". Em seguida, detalhou as ações de atendimento já planejadas pelo governo federal.
Entre as estratégias a serem adotadas está a qualificação dos agentes de saúde que fazem o primeiro atendimento em emergências e urgências de hospitais, a abordagem de rua a dependentes e a criação de Casas de Acolhimento Transitório para tratamentos mais prolongados. Também está prevista a criação de 2.700 vagas em hospitais para o atendimento de usuários de drogas e pessoas que sofrem de doenças mentais.
Ações unificadas
A presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia, deputada Marisa Formolo (PT), informou que o órgão técnico, juntamente com entidades ligadas ao tema, realizou um diagnóstico sobre a situação de enfrentamento ao crack no estado. "Foram observadas muitas experiências positivas em diversas comunidades no Rio Grande do Sul, mas desintegradas
entre si e das políticas de Estado", alertou. Medidas unificadas de prevenção, repressão e atenção ao dependente do crack devem ser as metas do poder público, destacou a parlamentar.
fonte DIÁRIO DE CANOAS
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