A atuação de Stormy no software livre é intensa. Além de trabalhar na Mozilla, ela é consultora da Humanitarian Free and Open Source Software e da IntraHealth Open, e fundadora e presidente da ONG Kids on Computers, dedicada a fornecer computadores para escolas onde as crianças não tem acesso à tecnologia. Ela foi também diretora executiva da GNOME Foundation e dirigiu o Open Source Program Office da HP.
Ao abordar os motivos pelos quais as pessoas se dedicam ao software livre, ela destacou dois. O primeiro, quando se acredita que o software deva ser algo livre, de todos. O outro, porque alguém tentou fazer algo com um software proprietário, não conseguiu, e procurou uma alternativa.
Apesar de ter trabalhado na HP e hoje representar a Mozilla, instituições bem diversas, Stormy conta que suas funções não são tão diferentes assim. "Na HP, eu ajudava patrocinadores e pessoas de negócios a usar software livre. Na Mozilla, eu tento manter a Web aberta para todos, através de software livre. Os dois são muito similares”, explica.
Hoje, a Web é fundamental para a sociedade em geral, e é utilizada para diversas funções. Todos os recursos interessantes online podem ser produzidos através de tecnologias abertas hoje em dia, conforme ela. Angry Birds, por exemplo, foi todo construido através de JavaScript e HTML.
Stormy tocou num ponto importante no uso de aplicações web. Apesar de a maioria dos internautas as utilizarem muito, com vários objetivos, poucos são os que dão atenção às questões contratuais disso. “Se vocês fazem como eu, quando se inscrevem em um novo serviço, vocês apenas passam pelos Termos e Condiçoes sem ler, apenas rolam a página. Mas isto não é o certo”. Ela argumenta que há muitas consequências envolvidas nestes termos, que podem prejudicar usuários: “Quando você posta um comentário no Facebook, você o está dando ao Facebook. Eles podem usá-lo para algo algum dia. Pode ser que nunca o façam, mas eles poderiam. Quando nos inscrevemos para um serviço de webmail, uma das condições é que eles se reservam o direito de impedir o seu acesso ao seu e-mail, sem data específica para devolver. As pessoas deveriam saber o que estão fazendo ao aceitar estes contratos”.
Logo, segundo ela, um dos seus desafios mais importantes, e de quem lida com software livre e web applications, é ajudar as pessoas a serem donas dos seus próprios dados, e saberem disso. “Estas questões não podem ser só fáceis, mas óbvias”, ressalta.
Stormy ainda listou alguns sites que agrupam recursos interessantes para quem está interessado em desenvolvimento Web:
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