Prefeito de Porto Alegre se reuniu ontem com ministro do Trabalho e Emprego
Prefeito de Porto Alegre se reuniu ontem com ministro do Trabalho e Emprego
Crédito: Vinícius Roratto |
Segundo Fortunati os trabalhadores afetados receberão uma espécie de seguro-desemprego, que é uma média salarial dos três últimos meses, com a condição de realizaram cursos de capacitação. "Saímos com a garantia do ministro de que há alternativa para os funcionários do Mercado Público. Eles receberão qualificação profissional e média salarial dos três últimos salários até as bancas reabrirem, assim voltarão ainda mais capacitados para suas vagas de trabalho", disse.
Antes, Fortunati conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre o repasse de recursos federais para as obras de restauração do prédio histórico. Durante a cerimônia de lançamento do Pacto pela Saúde, em Brasília, Dilma confirmou a ajuda financeira. A verba deve ser disponibilizada via PAC Cidades Históricas, programa no qual Porto Alegre foi incluída em 2010. "Assim que tivermos o orçamento, a presidenta confirmou que vamos poder incluí-la no PAC Cidades Históricas", afirmou.
Linha de crédito
Anunciado também nessa segunda-feira pelo Banrisul uma linha de crédito exclusiva para que os permissionários do Mercado Público tenham condições de recuperar seus estabelecimentos. De acordo com o presidente do banco, Tulio Zamin, o processo para a contratação do crédito será facilitado, e os comerciantes terão prazo de pagamento de 60 meses, com carência de 12. As taxas de juros, segundo Zamin, serão "as menores possíveis" – até 0,95% ao mês.
O limite de crédito será definido individualmente, conforme a necessidade e a demanda de cada cliente. “Não haverá nenhuma limitação do ponto orçamentário e nenhuma pré-condição que distinga um permissionário do outro”, afirmou Zamin.
O Mercado Público
Inaugurado em outubro de 1869, o Mercado Público de Porto Alegre foi criado para abrigar o comércio de abastecimento da cidade. O local foi tombado como bem cultural em 1979 e passou por um processo de restauração entre os anos 1990 e 1997, o que garantiu ao lugar um espaço maior aos estabelecimentos comerciais, mas sempre manteve a concepção arquitetônica original.
O incêndio desse sábado não foi o primeiro enfrentado pelo Mercado Público. Em 1912, um sinistro destruiu os chalés internos. Em 1941, uma enchente atingiu o local e, 38 anos mais tarde, mais dois sinistros destruíram as dependências do estabelecimento que serve como cartão postal de Porto Alegre. O prédio chegou a ser ameaçado de demolição durante a administração de Telmo Thompson Flores. Na época, era cogitada a construção de uma avenida na área.
Na década de 90, quando passou por reforma, o Mercado Público recuperou a percepção visual das arcadas. O trabalho resgatou as circulações internas, criou novos espaços de convivência e implantou redes de infraestrutura compatíveis com o funcionamento do prédio. A nova cobertura que possibilitou a integração entre o térreo e o segundo pavimento.
No segundo pavimento, onde antes existiam escritórios e repartições públicas, diversos estabelecimentos como restaurantes e lancherias passaram ocupar o espaço e ganharam um lugar no Mercado Público.
Com nova infraestrutura, o cartão postal de Porto Alegre ganhou também um Memorial, além de duas escadas rolantes e dois elevadores. O custo da reforma ficou, na época, em R$ 9 milhões, sendo, 88% do orçamento da Prefeitura, e os demais 12% pelo Fundo Municipal do Mercado Público e doações diversas.
fonte r7
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